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Capítulo 2 - Tutelado


Olá leitor, eu agradeço muito pela sua leitura em primeiro lugar e peço que deixe seu comentário logo no final do capítulo para que eu possa conhecer a sua opinião haha 🙂

Agencia dos Guardiões de Avalon

Celina retornou, no dia seguinte, para a agência afim de esclarecer alguns pontos com Alex, já que o calendário lunar mostrava que a reunião com o Conselho teria que esperar. O Conselho era formado por um representante de cada espécie, com exceção das subespécies, como goblins, trolls, ninfas e entre outros, eram representados pelos feiticeiros.

- Me encontrei com Eric Northman e ele não sabia de nada - Ela informou.

- O Xerife Northman nunca sabe de nada...Até você ter algo pra barganhar. - Lembrou Alex. Celina até possuia algo do interesse de Eric, porém, ela não estava disposta a ceder a chantagens baratas. Há anos ele propõe que Celina seja sua ama de sangue, pois alega que prefere um sangue italiano e feiticeiro como o dela.

- Mas no momento, Eric não é tão relevante assim, pois o importante é descobrirmos porque Tindra não era o alvo.

- Se não foi para Tindra, pra quem foi? - Logo depois de sua saída, uma multidão de fãs se aglomerou na boate e dificultou a investigação dos policiais que chegaram ao local, porém, um dos nossos encontrou o explosivo - Alex pegou o telefone e mostrou a Celina uma espécie de lata com uma inscrição "O herdeiro está vivo".

Celina lembrou de um caso em 1878, sobre uma família de vampiros que foi condenada a morte depois de sequestrar um lobisomem e assassinar uma família de feiticeiros da região, usando o conhecimento científico do médico escocês Dr. Jekyll.

Até onde se sabia, não existia nenhum tipo de substância que pudesse domar um lobisomem. Jekyll descobriu o acônito (uma planta com flores roxas) em uma cidade remota perto de Bombaim, na Índia, depois de uma viagem com antigos marujos da Companhia das Índias Orientais da Suécia.

A intenção de Jekyll era criar uma espécie de remédio que amenizasse a vida dos lobos e posteriormente de outros sobrenaturais, já que sabia que era impossível uma cura completa pois desafiaria as leis da própria natureza.

Porém seus estudos sem o Livro de Merlin, de nada serviriam. A família de feiticeiros foi morta tentando proteger (sem sucesso) o livro. O lobisomem capturado sofreu inúmeros procedimentos até que a mutação de seu gene se ativasse para que o feitiço pudesse agir.

Depois que os agentes da Inteligência da época salvaram o lobisomem, com genes já mutados, preservaram a identidade para que as gerações futuras não sofressem. Desde então, os poucos que conhecem o caso se referem ao descendente do lobisomem mutado por "O herdeiro".

- Muitas pessoas se sacrificaram para que o herdeiro tivesse vivo hoje. - ela disse. -Eu sei, por isso vou apenas limitá-la a sondar o chefe do laboratório, que é quem podia ganhar mais com essa história de herdeiro.

- Ah, quase me esqueço, precisamos de alguém carismático com o público para você poder ter acesso aos envolvidos, sem levantar suspeitas. Então, você vai tutelar nosso bode expiatório, como se ensinasse as artimanhas da vida secreta, mas mantendo o real motivo em segredo.

Celina nunca tutelou ninguém. Ela é que foi aluna do Grande Feiticeiro renascentista Leonardo Da Vinci, mas no momento só conseguia pensar o quanto esse caso podia trazer a tona feridas quase cicatrizadas.

Alex apertou o botão embaixo da mesa e alguém entrou pela porta. Ele cumprimentou o novo parceiro de Celina com um aperto de mão, - Esse é Luke Mason, seu aluno. O nome era familiar, mas ela não lembrava de onde até olhar o sujeito.

Luke Mason! É aquele beijoqueiro da boate!

Luke a olhou com um sorriso maroto e estendeu e pegou as mãos de Celina, e levou gentilmente aos lábios. - É um enorme prazer conhecê-la, Agente Anderson. - Ela estava congelada e não conseguiu dizer nada...

- Com licença, preciso atender uma ligação - Disse Alex, quando seu celular tocou. Ele se afastou até janela e deixou Celina e Luke sentados à sua espera.

- Então você é uma agente secreta? Hm? - Disse Luke num tom irônico. - O que vc está fazendo aqui? E quem é você afinal? - ela perguntou sussurrando.

- Você ouviu Alex, sou seu aluno e ator comediante mundialmente famoso. Já deve ter me visto em programas de TV, outdoors e boates. - ele piscou pra ela. A boçalidade dele era tão irritante, que Celina queria poder socar aquele maldito sorriso. Ela já tinha lido em tabloides e alguns jornais em bancas o novo astro da comédia, mas não havia prestado atenção no nome do indivíduo em questão.

- Ah! Você é aquele cara que quase foi preso porque assediou uma fã menor de idade? Conheço sim... Pervertido. - Ei! Não foi bem assim, ela apareceu nua no meu camarim... E sabe como é, as coisas aconteceram. E em minha defesa ela parecia bem mais experient...digo velha.

Celina bufou, que ridículo. Como cai na cantada desse idiota? - Além disso, você salvou minha vida na boate... Eu quero recompensá-la. Ela já se arrependia amargamente de ter salvado a vida desse imbecil.

Alex desligou o telefone e voltou para sua cadeira. - Vejo que já estão entrosados. - Pode apostar que nós entrosaremos muito bem, chefe. A vontade de socá-lo não passava nunca. - Sua missão é ensiná-lo tudo o que ele precisa saber sobre a Inteligência para passar no teste final e em troca, o sr. Mason que tem acesso à eventos da alta sociedade, te ajudará na sondagem ao Dr. Oswald Dantas.

- Oswald Dantas?- Perguntou Luke.

- Oswald Dantas é o medico chefe da LabsCorp. Uma empresa de tecnologia e inovação científica fundada por um grupo de sobrenaturais, que visa amenizar as desvantagens de várias espécies, como o protetor solar fator 6000 que ajuda os vampiros a andar no sol. - Explicou Celina e Luke se lembrou na sigla da LabsCorp em algum lugar. Ele sabia da existência dos sobrenaturais desde que entrou na carreira de ator. O primeiro ator para quem Luke trabalhou era um vampiro. - Nesse envelope vocês vão encontrar o edital da prova final que será daqui à três meses e a agenda de compromissos do senhor Oswald, que por acaso irá à uma exposição de arte amanhã à noite em San Myshuno. -Disse Alex a Luke enquanto Celina se perguntava o quanto de paciência ela precisaria ter para ensinar seu novo aluno.

 

Pouco tempo depois, Celina e Luke (que não parava de falar como era emocionante tudo aquilo) foram até o laboratório para encontrar Samuel Tully, cientista e velho amigo de Celina, que os entregaria os apetrechos juntamente com a nova identidade dela.

- Sonya Blade? - Celina perguntou e Samuel juntamente com Luke riu. - Eu sempre achei que você combina muito com ela - Samuel disse ajeitando o óculos, mesmo sabendo que Celina não deveria fazer ideia de quem era a tal Sonya.

Eles se conheceram quando Samuel invadiu o sistema operacional da Inteligência tentando descobrir mais sobre o mundo sobrenatural. O alarme foi rapidamente acionado e ele foi abduzido e levado a Sixam, o planeta alienígena. Lá, aliados da Inteligência deveriam apagar a memória de Samuel depois de uma lavagem cerebral. Porém, Celina, assistindo tudo aquilo pelo monitor, convenceu Alex de que a esperteza do garoto não deveria ser jogada fora assim. E hoje, ele é cientista chefe da Inteligência com apenas 22 anos.

- Este é um relógio que consegue emitir, por meios de impulsos eletromagnéticos, um sedativo à qualquer sobrenatural. As horas servem para ajeitar o tipo de magnetismo de acordo com a espécie. - Disse Samuel ajustando o relógio para "magnetismo fótico" que servia para vampiros. Os olhos de Luke brilharam.

Em seguida, Celina pegou um bracelete prateado que dava a ela a força de um lobisomem em forma de lobo quando ativado. Luke parecia uma criança no dia de Natal, ficou  longos minutos conversando com Samuel sobre o quando era incrível estar ali e ganhar tudo aquilo. Celina praticamente teve que o arrastar dali para fora.

- Encontro você amanhã cedo para começarmos seu treinamento - Ela disse - Não se atrase, estarei lá as cinco da manhã. - CINCO? Tá de brincadeira. - ele já ia reclamar até olhar a cara que Celina fez de quem diz "acha mesmo que é brincadeira ?" E resolveu se calar.

 

Brindleton Bay, Residência Fraser.

Arthur jamais imaginaria que sua vida algum dia voltasse a ser tranquila como agora. Ele olhava para Natalie regando as plantas do quintal, o jeito como o sol batia em seu cabelo castanho, a deixava com um ar dourado.

Ele sabia o quanto a partida de Nicholas havia abalado a estrutura do casal Pendragon. Cerca de dois anos atrás, Arthur recebeu um email em quê era convidado para participar do Primeiro Congresso da Organização dos Sims Unidos para discorrer sobre a má distribuição de alimentos em Albion, o que ele não sabia era que Natalie também tinha sido convidada para um congresso, mas para o Congresso de Veterinária. E foi aí que se conheceram.

Arthur foi criado por um casal homoafetivo, suas duas mães, Elora e Dandara criaram Arthur com todo o amor materno que dois sims eram capazes de gerar.

Ele foi entregue ao orfanato por um senhor curvado, de barba branca no dia 16 de janeiro de 1990. O pobre velhinho entregou o garoto e como se estivesse fugindo de algo. - Por favor, apenas o batizem como Arthur.- A senhora Jenovéva, diretora do orfanato, não entendeu muito bem o pedido mas pegou o pequenino do Moisés e o trouxe para dentro naquela noite chuvosa. A mãe Elora de Arthur, era médica e trabalhava nos sims sem fronteiras, um programa que levava assistência para comunidades humildes. Lá, ela conheceu Dandara e depois de alguns anos se casaram e voltaram para Albion, o país Natal de Elora, onde adotaram o pequeno Arthur no orfanato Muriel em Windenburg.

- O que vc acha de irmos na praia depois hm? - Arthur abraçou Natalie por trás e a beijou na bochecha.

- Acho uma ideia excelente, vou apenas adubar essas terra, porque o solo aqui tá meio pobrinho. - Arthur sorriu de um jeito que ele sabia que faria Natalie desistir de qualquer coisa no mundo e a segurou, pondo-a no cangote.

- Não se eu te sequestrar primeiro e deixar a pobre terra mais pobre ainda. - Não Arthur! - Natalie se debateu - O ciclo do Nitrogênio precisa de mim!

- Ah, falando em ciclo, como anda o seu? Atrasado, eu espero. Natalie gargalhou e parou de se debater, conformando-se com seu captor.

 

Horas depois, no mesmo dia...

O celular de Arthur tocou, e o acordou. Ele levantou rapidamente antes que acordasse Natalie. Ele olhou o visor e era Alex Iqbal, o chefe do departamento de tática da Agência dos guardiões de Avalon.

Ele sabia que se Alex estava ligando, era algo importante e ficou preocupado, porque também era problema na certa... Afinal, parece que a tranquilidade dele estava prestes a ser perturbada.

Natalie sentiu a ausência de Arthur na cama, ela procurou com os olhos pelo quarto, e ele estava de frente para a porta que levava ao quintal.

Natalie e Arthur tinham decidido sair da rotina e aproveitar os ares praianos de Brindleton Bay e aproveitar para arrumar as coisas da falecida avó de Natalie. Dona Brianna Fraser, faleceu há três anos e nem chegou a ver a clínica que ajudou a constuir. Por mais doloroso que fosse permanecer ali, Natalie se sentia confortável em estar no lugar que cresceu e que foi feliz, apesar dos pesares.

- Depois de tudo que aconteceu, nem uma semana de paz é possível? Hm, certo. Tenho certeza que ela vai conseguir segurar as pontas pelo menos até o fim do feriadão. Ok! Até lá. - a voz de Arthur não demonstrava aflição, Natalie apenas a percebia firme. Ela tossiu para anunciar sua presença.

- Olá, bela adormecida. - Arthur disse com um olhar carinhoso e voltou para os braços de sua amada.

- Sabe que eu prefiro a Sim maravilha. - ele a envolveu num abraço - Era o Alex? - Sim - ele respondeu - Precisa de nós dois para algo, mas mandou uma agente de campo experiente para segurar as pontas, pelo menos até o final do feriadão. - Certo... Está com fome? - Eu estou faminto. - Arthur disse - Deve haver algo na geladeira que sobrou do café da manhã.

Natalie o via falar mas não conseguia o ouvir direito, perdida em seus olhos azuis como o céu de Oasis Springs. Ela se lembrou da primeira vez que olhou diretamente para os olhos de Arthur, durante uma partida de "Não acorde a Lhama". Ela só entenderia a sensação de familiaridade que sentiu naquele momento, muito tempo depois.

A essa altura, o passeio pelas praias de Brindleton Bay já tinha ido pro brejo, pois os dois enrolaram na cama com conversinhas e carinhos por uns bons minutos e se esqueceram até da fome. Só se levantaram quando ela era impossível e se não comessem iriam desmaiar.

- Agora é insuportavel, terei de comer...Saudades do tempo em Camelot, onde Merlin trazia tudo para mim - Disse Arthur para Natalie, que riu. Ambos caminharam até a cozinha da casa onde Natalie cresceu e saborearam uma torrada com ovo dormido como se fossem a ultima refeição do mundo sim.

 

Residência Mason - Cidade alta

Celina tocou várias vezes a campanhia e ninguém a atendeu.

Não acredito que aquele imbecil vai me obrigar a isso. Gastar magia assim é desperdício.

Ela atravessou a casa, que era muito bela, em segundos com uma raiva crescente e abriu a porta do quarto. - Senhor Maso...

- Mais cinco minutos mãe... - ele resmungou e a mulher ao seu lado, nem sequer se mexeu. - Acorde Mason, já são cinco e quatro, está atrasado. - e nada dele levantar.

- O que foi? Onde é o incêndio? - Luke perguntou sonolento.

- Pelo visto o incêndio foi ontem. - Celina disse com raiva ao perceber que Luke estava nu de frente para ela.

Luke se consertou rapidamente e não se importou muito com suas vergonhas expostas.

- Celina??? O que faz aqui?

- Você e eu temos uma aula hoje às cinco horas. Mas pelo visto você tem coisas mais interessantes pra fazer. Se quiser ser tutelado da Agência, deve cumprir horários!

- Deixa de ser careta. Até parece que você nunca encheu a cara e depois acordou nu na cama com alguém de quem nem lembra o nome.

Quem esse idiota acha que é pra falar comigo assim?

- Minha vida pessoal jamais interferiu no meu trabalho, não que ela seja da sua conta. - Celina disse enquanto dirigia-se para fora do quarto.

- Típico de astros famosos, não conseguem controlar nem esse tipo de coisa.

- Calma, não precisa ser grossa.

Luke não entendia o porquê de tanta raiva, não podia ser mesmo só pelo atraso. Ele tinha a beijado na boate, mas foi só um beijo mesmo. Será que ela achava que tinha sido algo mais? Ou talvez ela tivesse se incomodado com o fato da mulher na cama dele não ser ela? Ele preferia a segunda opção.

-Ei - ele disse indo atrás dela - Você está assim por causa daquele beijo na boate? Ciúmes ou algo do gênero?

Beijo? Agora ele vinha falar sobre o beijo?

-Ciúmes? Me poupe...até porque aquilo nunca aconteceu de fato. Entendeu? - Ela disse aumentando a voz.

-Jura? Você pareceu gostar muito na hora.

Celina revirou os olhos.

- Se vista e me encontre daqui a dez minutos se não vai se arrepender de ter me tirado da cama pra ensinar alguém que mal sabe controlar a braguilha.

Luke achou melhor não contrariar e correu para se vestir. Enquanto a mulher com quem ele dormiu, a qual ele nem se lembrava, deu uma piscadela e pediu pra ele ligar mais tarde.

Na sala de treinamento... Luke encontrou Celina treinando com cara de quem não queria conversar.

Os dois treinaram por várias horas e até que ele levava jeito, só precisava de alguns ajustes aqui e outros ali.

Luke fez várias piadinhas ao longo do processo mas Celina ignorou com sagacidade. Ela exigiu que ele fosse pontual na Exposição de Artes que iriam daqui a alguns dias pra sondar o Sr. Dantas. Luke definitivamente teve certeza que TPM era a amiga fiel de Celina quando ela apontou o dedo pra ele e saiu sem nem mesmo pedir o número dele.

Mas o que realmente preocupava Luke era o fato de que pela primeira vez uma gata daquelas rejeitava seus flertes como um vegetariano rejeita proteína animal.

"Como que mesmo com uma amostra do beijo do maioral aqui, que não foi barato - 50 pratas pra ser mais preciso - ela nem se quer me deu bola? Nunca entenderei as mulheres"

Continua...

No próximo capítulo:


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